quarta-feira, 13 de outubro de 2010
1a semana de Estágio na Educação Infantil
A primeira semana foi um tanto cansativa, cheia de expectativas e com poucos resultados. Ao iniciar minhas primeiras aulas, percebi o quanto deveria ser feito em relação à falta de limites. Certamente porque estavam me testando. Afinal, eu era uma pessoa estranha ao dia-a-dia deles. Além disso, tive que me adequar a uma realidade completamente diferente da qual estava acostumada. Uma realidade nova, interessante e extremamente desafiante. Então, por que desafiante???? Afinal, faziam 13 anos que eu não trabalhava mais com crianças tão pequenas. Assim que me formei no magistério comecei a trabalhar em escolinhas de Educação Infantil. Lá se foram cinco anos trabalhando com os pequenos. No entanto, após me licenciar em Física, passei a trabalhar com alunos pré-adolescentes, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Portanto, retomar uma trajetória de tempos atrás tornou-se um desafio para mim. Voltando aos desafios...era a semana da pátria. Como a professora regente, professora Rosa, já havia preparado algo com eles, resolvi dar continuidade. Ficou bem bonitinho, pois os alunos são uma graça! A Educação Infantil fez uma apresentação sobre folclore no dia 31/08. Sobre a pátria foi lido um texto no dia 01/09. Nos dois primeiros dias tive bastante dificuldade em conseguir estabelecer negociações com os alunos como: momento da roda de conversa, hora do brinquedo que trouxeram de casa, horário da higiene, do lanche, das atividades manuais, das brincadeiras dirigidas, hora do conto e da pracinha. Enfim, a cada dia foram surgindo pouquíssimas conquistas no que diz respeito às regras, por outro lado, o interesse na aula foi mudando a cada dia. Todos os dias tentava lembrá-los da importância de seguirmos regras para o bom convívio. Na verdade fiquei bastante ansiosa e resolvi tentar chamar a atenção de uma forma um tanto drástica. Disse que daria uma figura de um rosto feliz a todos aqueles que soubessem respeitar regras como: pedir para a professora para ir ao banheiro ou tomar água, dizer obrigada, ajudar a organizar a sala de aula após as atividades, respeitar os colegas, saber compartilhar os brinquedos, esperar a vez de falar. Sendo assim, aqueles que não tivessem conseguido cumprir a maioria das regras, não ganharia uma figura. Confesso que me arrependi, pois um menino, o mais inquieto de todos - como obviamente não havia cumprido a maioria das combinações - começou a chorar por não ter ganho a tal da figura. Eu quase chorei junto, mas me mantive firme na decisão. Ou seja, tentei retirar algo dele para que refletisse sobre suas ações, pois conversas e mais conversas não estavam surtindo efeito.
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